TY - JOUR AU - Antonio Neres Norberg, AU - Paulo Roberto Blanco Moreira Norberg, AU - Fernanda Castro Manhães, AU - Renato Mataveli Ferreira Filho, AU - Lígia Cordeiro Matos Faial, AU - Alcemar Antônio Lopes de Matos, AU - Paulo Cesar Ribeiro, PY - 2022/02/26 Y2 - 2024/03/28 TI - INFECÇÃO SECUNDÁRIA POR CANDIDA AURIS EM PACIENTES GRAVES POR COVID-19: PATÓGENOS EMERGENTES COM ELEVADO RISCO NA INTERAÇÃO JF - InterSciencePlace JA - ISP VL - 16 IS - 3 SE - Articles DO - UR - http://interscienceplace.org/index.php/isp/article/view/63 SP - AB - <p><em>Candida auris</em> exibe características que a tornam um desafio para a saúde pública devido à sua fisiologia, epidemiologia e aspectos clínicos próprios de infectividade. Este fungo compartilha diversas características de outros patógenos emergentes, como alta transmissibilidade, resiliência às condições ambientais diversas, taxas crescentes de resistência a fungicidas e fungistáticos, é de difícil identificação por técnicas bioquímicas e microbiológicas tradicionais, causa altas taxas de mortalidade e apresenta dificuldade no controle. As características peculiares da infecção por <em>Candida auris</em> sustém a hipótese de que o real impacto dessa micose pode ser ainda mais obscuro e subestimado que o de outros patógenos no curso da pandemia do SARS-CoV-2. O objetivo desse trabalho foi uma análise da literatura científica sobre infecções por <em>Candida auris</em> em pacientes que desenvolveram a COVID-19. A seleção de artigos foi através da bibliografia indexada nas bases de dados PubMed, Scopus e Scielo. A facilidade com que <em>Candida auris</em> se disseminou mundialmente em um curto período, a capacidade de colonização de ambientes e superfícies, incluindo instrumental médico e a existência de cepas multidrogarresistentes sugerem que o impacto dessa espécie sobre doentes graves pela pandemia de COVID-19 seja altamente subestimado, e que mesmo posteriormente à crise pandêmica causada pelo SARS-CoV-2, <em>Candida auris</em> seguirá sendo um desafio para a saúde pública mundial. Deve-se reforçar os aspectos de prevenção, como a desinfecção constante e eficaz do ambiente hospitalar, mobiliário, vestuário e instrumentos médicos compartilhados, o controle constante dos perfis de sensibilidade a antifúngicos das cepas de <em>Candida</em> spp. entre profissionais de saúde e pacientes hospitalizados, e isolamento de casos suspeitos para evitar a contaminação fúngica.</p> ER -