BIOINSUMOS NO BIOCONTROLE DE Dalbulus maidis: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA

Abstract

Os danos diretos e indiretos causados por Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae) no milho representam uma preocupação recorrente no Brasil. Este inseto vetor é altamente eficiente na propagação dos patógenos responsáveis pelos enfezamentos e pelo vírus rayado fino, ocasionando perdas significativas na produção da cultura. Diante da resistência das pragas aos inseticidas químicos e dos impactos que causam ao agroecossistema, o controle biológico surge como uma alternativa promissora. Fungos entomopatogênicos dos gêneros Beauveria e Metarhizium, assim como bactérias do gênero Bacillus, são utilizados em bioinsumos devido à sua virulência aos hospedeiros, facilidade de isolamento e produção através de processos fermentativos, além da possibilidade de serem utilizadas suas enzimas e metabólitos extracelulares diretamente no controle de patógenos e pragas na agricultura. Porém, o desafio atual reside em compreender as condições ideais de cultivo e os nutrientes essenciais para a produção de bioinsumos à base de fungos entomopatogênicos e bactérias, utilizando meios de cultivo de baixo custo que permitam a manutenção da viabilidade celular. Esta revisão aborda as características de D. maidis e dos fitopatógenos transmitidos à cultura do milho, além de sintetizar as etapas dos processos fermentativos para a produção de bioinsumos, apresentando-os como uma alternativa de controle mais sustentável. Destaca-se que as informações fornecidas servirão como um guia para entender o cenário da produção de milho no Brasil e para a implementação de novas estratégias destinadas a reduzir as populações de D. maidis e conter a propagação da doença do atrofiamento do milho.