CONCEITO DE ALMA EM AVERROES
Keywords:
Intelecto, Noética, Alma, Averroes, Século XIIAbstract
Este artigo é resultado de uma parte da dissertação de mestrado que trata do Conceito de Intelecto em Averroes.O objetivo deste estudo foi apresentar uma filosofia averroísta, no que tange à compreensão feita por Averroes a respeito da Filosofia aristotélica. A proposta do trabalho foi mostrar as questões relacionadas à alma e intelecto, dentro da fisolofia aristotélica, perpassando o olhar de um mulçumano, filósofo da Idade Média e, portanto, os pensamentos do estagirita tem a subjetividade do comentador Averroes e, desta maneira, o ocidente passou a conhecer a filosofia aristotélica. A proposta desse estudo teve como temática principal elucidar que Averroes mesmo sem ter desejado, criou sua própria filosofia. Podemos observar algumas diferenças entre eles, a respeito da concepção do nôus, que é um gênero distinto de alma e que só pode existir separado, como o eterno do corruptível. Enquanto Aristóteles afirmava que para alguns pensadores anteriores a ele, o fôlego ou talento vital era considerado como a definição de vida, para Averroes a alma está formada de partes esféricas que estão sempre em movimento. Averroes reconheceu, através da evolução da medicina árabe, a influência que os nervos e o cérebro exercem sobre a vida psíquica, algo que seu mestre desconhecia. Averroes posiciona-se de forma original quanto à questão dos universais, que tanto interessava aos escolásticos cristãos, com a visão própria de um filósofo que sabe desvelar sua dialética interna. Para Averroes, os universais são uma realidade ontológica. Ele menciona que o processo de intelecção inicia-se na percepção sensível dos objetos individuais e culmina no universal, que não existe fora da alma. Explicaremos de forma mais detalhada no decorrer texto, a originalidade de Ibn Ruschd e as questões que ficaram em aberto, que ele respondeu por seu mestre, porque este não teve tempo suficiente em vida para fazê-las.