TRABALHO COLABORATIVO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM FÍSICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Resumen

O presente artigo dedica-se a refletir sobre o potencial do trabalho colaborativo aliado às práticas pedagógicas desenvolvidas pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – Campus Cariacica. Essa pesquisa foi desenvolvida com o intuito de descobrir e divulgar métodos que facilitem o processo de aprendizagem no ensino de Física para discentes com deficiência intelectual. Dessa forma, foi realizado o acompanhamento de um estudante do primeiro ano do ensino médio integrado ao técnico do Curso de Manutenção de Sistemas Metroviários do IFES, com idade de 18 anos, que recebe o atendimento educacional especializado, e frequenta a sala de aula regular. O objetivo geral foi identificar métodos e ferramentas pedagógicas que conduzam a aprendizagem científica, considerando, neste caso, o ensino de Física. Durante o semestre letivo, foram realizados encontros semanais individuais e avaliou-se, por meio dos critérios da escala de aprendizagem: conceitual, técnica e efetiva, que essa abordagem pedagógica potencializou o entendimento dos conceitos desenvolvidos em sala. Recorremos a métodos de ensino, pautados na teoria de Vygotsky na perspectiva da Taxonomia de Bloom, definindo o estágio de conhecimento para os tópicos trabalhados. Com o caminhar da ação entendemos que os processos de colaboração já efetivados na Instituição, favorecem a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual na instituição pesquisada. Trata-se de um processo de pesquisa que articulou saberes científicos na prática cotidiana, possibilitando que os profissionais envolvidos compartilhassem e produzissem, juntos, conhecimentos. Utilizou-se, como instrumentos de produção de dados, observação participante, diário de campo e entrevistas semiestruturadas. Consideramos que este estudo possa encorajar os profissionais da educação a trabalharem em parceria a favor da inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual, uma vez que a interação entre as pessoas as tornam mais fortalecidas em seu desenvolvimento humano.