GORDOFOBIA, O ÓDIO A PESSOAS ACIMA DO PESO: EM PAUTA A MULHER GORDA

Abstract

O conceito de gordofobia surge nos EUA a partir de militantes gordas que passam a questionar e lutar contra a estigmatização para com o grupo de pessoas gordas. A gordofobia deriva de atitudes preconceituosas, por meio de argumentações e chacotas com vista a ridicularizar indivíduos acima do peso. Esta pesquisa tem o escopo de dissertar a temática que tem se tornando alvo de debate e ganhado visibilidade na contemporaneidade, nas redes sociais, no trabalho, nas escolas, no ambiente familiar, dentre outros locais. O objetivo do artigo é trazer à baila uma problemática social que incide sobre grande parte da população brasileira, com ênfase na mulher gorda. A metodologia utilizada para elaborar este trabalho é bibliográfica, buscou-se teses, dissertações e artigos, nas plataformas Google Acadêmico e Scielo, que discorreram sobre a temática supracitada. Como resultado, percebe-se o discurso que associa magreza à vida saudável, as publicações midiáticas reverberando em discriminação às pessoas acima do peso e o reforço à ditadura da magreza. Constata-se que o corpo magro vem sendo, cada vez mais, reforçado como estereótipo de perfeição e, aos indivíduos acima do peso, é imposto a mudança de estilo de vida para se enquadrar em um padrão de imagem “perfeita”. A pesquisa nas plataformas digitais revelou o baixo quantitativo de trabalhos abordando a temática supracitada, mas demonstrou também que o tema tem ganhado visibilidade. As discussões sobre o que é ser uma mulher gorda, em uma sociedade misógina e gordofóbica, está sendo fomentada. Destarte, considera-se que o trabalho contribui para a desconstrução de um ideal de beleza, desmantelando o imaginário social daquilo que deve ser seguido como padrão de estética, com fito ser aceito, e incide maiormente sobre as mulheres, devido ao patriarcado que estrutura as relações sociais.