PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EAD: DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA INCLUSÃO DE ALUNOS CEGOS A PARTIR DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
Palavras-chave:
Inclusão. Tecnologias Digitais. Pessoa com Deficiência. Educação a Distância.Resumo
A articulação de práticas pedagógicas inclusivas que auxiliem nos processos de aprendizagem ainda é um grande desafio a ser superado no Brasil. É comum discutir-se o surgimento da inclusão a partir da Declaração de Salamanca e de suas consequências no contexto nacional, como as leis e decretos aprovados. De certa forma, esses são marcos que acarretaram em políticas públicas em prol da inclusão de pessoas com deficiência no contexto escolar. Na educação a distância (EaD), este público também tem crescido, incluindo os sujeitos alvo desta pesquisa - as pessoas cegas. Tal mudança no contexto da EaD tem levado professores a buscarem alternativas metodológicas inclusivas. Neste sentido, o professor não deve ser um planejador solitário que se fecha aos acontecimentos e, sobretudo, à experiência vivida do aluno cego, essencial à construção de sua própria inclusão. Este estudo teve como objetivo avaliar se a metodologia inclusiva aplicada na sala virtual da disciplina de Projeto de Aprendizagem e Mapas Conceituais de um curso de pós-graduação, ofertado a distância por uma instituição pública, favoreceu o processo de aprendizagem do aluno cego. Para tanto, foi elaborada uma pesquisa aplicada e qualitativa. Para a coleta e análise dos dados, realizou-se a observação participante. Durante o processo de pesquisa, dialogou-se com Lopes e Fabris (2013), Moran (2008) e Geraldi (2015). Verificou-se que a estratégia metodológica não foi bem sucedida, em um primeiro momento, pois o aluno cego não conseguiu fazer uso do CmapTools. Consequentemente, isso impediu o aluno de realizar uma importante atividade. No entanto, por meio da flexibilização metodológica, articulada em diálogo com os professores, o aluno pôde realizá-la usando o editor de texto Word. Pode-se concluir que a flexibilização metodológica, realizada em contínua interlocução com o aluno cego, foi fator determinante para a realização da atividade e para a contribuição em seu processo de aprendizagem.
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