INFECÇÃO SECUNDÁRIA POR CANDIDA AURIS EM PACIENTES GRAVES POR COVID-19: PATÓGENOS EMERGENTES COM ELEVADO RISCO NA INTERAÇÃO

Autores

  • Antonio Neres Norberg
  • Paulo Roberto Blanco Moreira Norberg
  • Fernanda Castro Manhães
  • Renato Mataveli Ferreira Filho
  • Lígia Cordeiro Matos Faial
  • Alcemar Antônio Lopes de Matos
  • Paulo Cesar Ribeiro

Palavras-chave:

Candida auris, COVID-19, Coinfecções, Sobreinfecções, Pandemia.

Resumo

Candida auris exibe características que a tornam um desafio para a saúde pública devido à sua fisiologia, epidemiologia e aspectos clínicos próprios de infectividade. Este fungo compartilha diversas características de outros patógenos emergentes, como alta transmissibilidade, resiliência às condições ambientais diversas, taxas crescentes de resistência a fungicidas e fungistáticos, é de difícil identificação por técnicas bioquímicas e microbiológicas tradicionais, causa altas taxas de mortalidade e apresenta dificuldade no controle. As características peculiares da infecção por Candida auris sustém a hipótese de que o real impacto dessa micose pode ser ainda mais obscuro e subestimado que o de outros patógenos no curso da pandemia do SARS-CoV-2. O objetivo desse trabalho foi uma análise da literatura científica sobre infecções por Candida auris em pacientes que desenvolveram a COVID-19. A seleção de artigos foi através da bibliografia indexada nas bases de dados PubMed, Scopus e Scielo. A facilidade com que Candida auris se disseminou mundialmente em um curto período, a capacidade de colonização de ambientes e superfícies, incluindo instrumental médico e a existência de cepas multidrogarresistentes sugerem que o impacto dessa espécie sobre doentes graves pela pandemia de COVID-19 seja altamente subestimado, e que mesmo posteriormente à crise pandêmica causada pelo SARS-CoV-2, Candida auris seguirá sendo um desafio para a saúde pública mundial. Deve-se reforçar os aspectos de prevenção, como a desinfecção constante e eficaz do ambiente hospitalar, mobiliário, vestuário e instrumentos médicos compartilhados, o controle constante dos perfis de sensibilidade a antifúngicos das cepas de Candida spp. entre profissionais de saúde e pacientes hospitalizados, e isolamento de casos suspeitos para evitar a contaminação fúngica.

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Publicado

2022-02-26

Como Citar

Antonio Neres Norberg, Paulo Roberto Blanco Moreira Norberg, Fernanda Castro Manhães, Renato Mataveli Ferreira Filho, Lígia Cordeiro Matos Faial, Alcemar Antônio Lopes de Matos, & Paulo Cesar Ribeiro. (2022). INFECÇÃO SECUNDÁRIA POR CANDIDA AURIS EM PACIENTES GRAVES POR COVID-19: PATÓGENOS EMERGENTES COM ELEVADO RISCO NA INTERAÇÃO. InterSciencePlace, 16(3). Recuperado de https://interscienceplace.org/index.php/isp/article/view/63

Edição

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