UM ESTUDO FENOMENOLÓGICO SOBRE OS IMPACTOS DAS MÍDIAS SOCIAIS SOBRE OS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES NA CONTEMPORANEIDADE

Resumo

O presente estudo se propõe a refletir a partir de um enfoque fenomenológico sobre o impacto das mídias sociais nos processos de subjetivação das crianças e dos adolescentes na contemporaneidade, tendo em vista a problemática do uso desenfreado de tal ferramenta na vida cotidiana do público referido. Objetiva-se com este artigo compreender os impactos das mídias sociais na construção da subjetivação das crianças e dos adolescentes; entender a importância da atuação dos familiares nesse momento da vida do público citado; e ampliar o horizonte de possibilidades de lida com o fenômeno das mídias sociais de modo mais saudável e consciente. Para tanto, utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica de autores como Martin Heidegger (2002), Gianni Vattimo (1992), Michel Foucault (1995) e Byung-Chul Han (2018, 2022). Como resultado observamos o quanto o avanço tecnológico tem impactado nos processos de subjetivação das crianças e dos adolescentes por meio da invisibilização de outros modos de ser e estar no mundo mais significativos, sendo indispensável a mediação dos pais ou responsáveis nessa relação entre os filhos e a tecnologia. Contudo, ficou evidente que as mídias sociais são ferramentas que precisam ser usadas com equilíbrio, a fim de que elas não sejam o único modo de relação das crianças e dos adolescentes com as coisas, mas apenas uma possibilidade dentre outras, abrindo espaços para modos de ser e estar no mundo mais contemplativos e criativos, que incentivem o uso da imaginação, da exploração do mundo fora das telas, do contato com a natureza e da construção de vínculos e de relações mais significativas da criança e do adolescente consigo mesmo, com o mundo ou com os outros, sendo de extrema importância a mediação dos pais ou responsáveis ao decorrer deste processo.